Cachoeira confirma 3ª morte por dengue em 2025 11672n

22 de maio de 2025 - De olho no mosquito: morte de senhora de 73 anos amplia para três o número de óbitos causados pela dengue em Cachoeira do Sul / Foto: Rodrigo Méxas e Raquel Portugal - Acervo Fiocruz Imagens

 

A Vigilância Epidemiológica da Secretaria Municipal da Saúde de Cachoeira do Sul emitiu nesta quinta-feira (22) novo informativo confirmando mais um óbito por dengue registrado na cidade em 2025, o terceiro do ano, na semana compreendida entre os dias 11 e 17 de maio. Trata-se de uma senhora de 73 anos, moradora do Centro, portadora de comorbidades e que se encontrava internada no Hospital de Caridade e Beneficência.

As três mortes pela doença acometeram idosas, sendo a primeira de uma mulher de 83 anos, moradora do Bairro Santa Helena, ocorrida na segunda quinzena de março; e a segunda uma paciente de 87 anos, portadora de comorbidades e moradora do Bairro Soares, na segunda quinzena de abril.

No início de maio, analisando o cenário epidemiológico local para a evolução da dengue, a Secretaria Municipal da Saúde já havia emitido um alerta geral à população cachoeirense com foco nos cuidados prioritários ao público idoso, o qual vem sendo acometido com as quadros clínicos mais graves e concentrando a maioria das mortes por dengue este ano no Rio Grande do Sul. Até o momento, no contexto estadual, 15 dos 22 óbitos foram de pacientes com mais de 60 anos, incluídos aqui os casos de Cachoeira do Sul.

DENGUE REQUER CUIDADO REDOBRADO COM OS IDOSOS 4q1454

Avaliação da Diretoria das Vigilâncias em Saúde (DVS) aponta que as pessoas a partir dos 60 anos estão mais suscetíveis às doenças infecciosas e as autoridades de saúde têm verificado a mudança no perfil atual da dengue, uma vez que no ano ado o único óbito verificado no município foi de uma adolescente, 13 anos e portadora de comorbidades, ocorrido na primeira semana de maio de 2024.

“Os idosos desenvolvem casos mais graves da doença, desidratam mais rápido e nem sempre apresentam os sintomas clássicos da infecção”, avalia a diretora das Vigilâncias em Saúde, enfermeira Andréa Santos, alertando familiares e cuidadores para que sejam adotados cuidados ainda mais criteriosos com pacientes nesta fase da vida. Nesta quinta-feira pela manhã, o estadual do cenário epidemiológico informava 530 casos confirmados de dengue no município e mais 1.350 casos sob investigação.

SAÚDE AMPLIA MEDICAÇÃO DA DENGUE PARA TODOS POSTOS 2m6l5x

Nesta quarta-feira (21), a Secretaria Municipal da Saúde iniciou a ampliação da estratégia de medicação da dengue para o horário regular de funcionamento dos postos de saúde. A medida, que tem como objetivo abreviar o início do tratamento aos pacientes sintomáticos para a doença, evitando o possível agravamento dos casos, já vinha sendo adotada pelo terceiro turno de atendimento da Saúde e, agora, a a ser implementada nas três maiores unidades de saúde do município: EAP Central (esquina das ruas Conde de Porto Alegre e 15 de Novembro), EAP Centro Social Urbano (Rua Leopoldo Souza, 1448 – Bairro Santa Helena) e EAP Marina (Avenida dos Imigrantes, 52). Gradativamente, a expectativa é de que até esta sexta-feira a nova estratégia esteja sendo utilizada também nas ESFs Ponche Verde, Tupinambá, Promorar, Noêmia, Barcelos e Dra. Marcia Pertile da Costa (Bairro Carvalho).

A dengue é uma arbovirose causada por vírus que são transmitidos pelo mosquito Aedes aegypti e constitui um dos principais problemas de saúde pública no contexto mundial. Os primeiros sinais do contágio são febre, usualmente entre dois a sete dias, náuseas, vômitos, exantema, mialgias, cefaleia, dor retro-orbital, entre outros sintomas. Nos primeiros indícios de dengue, explica a titular da DVS, Andréa Santos, a população deve intensificar a hidratação, evitar automedicação, usar repelente e procurar um serviço de saúde com brevidade.

TERCEIRO TURNO + Saúde Cachoeira

O terceiro turno de atendimentos foi implantado pela istração Municipal como forma de garantir o aos serviços de saúde em horário alternativo e com o propósito de motivar a procura rápida por parte dos pacientes. Funciona de segundas às sextas-feiras, das 17h às 21h, e visa suprir a demanda crescente de casos suspeitos de dengue na rede pública, assim como atender a sazonalidade característica da época provocada pelas síndromes respiratórias.

– EAP Central (Esquina da Rua Conde de Porto Alegre e Rua 15 de Novembro)

– EAP Centro Social Urbano (Rua Leopoldo Souza, 1448 – Bairro Santa Helena)

Com informações da jornalista Viviane Souza – Secretaria Municipal da Saúde

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