Com 1.200 hectares de nogueiras-pecã em produção, Cachoeira do Sul consolida-se como o maior produtor da fruta na América do Sul. Segundo o engenheiro agrônomo Luciano Mazuim, chefe do escritório local da Emater, a safra 2024/2025 está em pleno andamento e, apesar da redução no rendimento médio com o avanço da colheita, a qualidade dos frutos é considerada excelente.
“Temos produtores que seguem à risca o manejo técnico, desde a escolha do local, correção do solo, adubação adequada, até práticas como podas e irrigação bem conduzidas. Esses, em geral, colhem resultados acima da média do município”, explica Mazuim.
O município já colheu cerca de 46% da área, e a produtividade média registrada até agora é de 1,3 tonelada por hectare. Há talhões que chegam a produzir mais de 3 toneladas por hectare, enquanto outros não alcançam nem 100 quilos por hectare. A variação, segundo Mazuim, está ligada tanto às práticas adotadas pelos produtores quanto a fatores naturais.
“A alternância de produção é um fenômeno que foge ao controle do produtor, mas que precisa ser levado em conta no planejamento anual do pomar”, pontua ele.
Um dos momentos mais sensíveis da safra é o período de polinização, que ocorre entre o final de outubro e início de novembro. “Neste ano, felizmente, não enfrentamos problemas climáticos severos durante essa fase, o que contribuiu para a boa formação dos frutos”, destaca o agrônomo.
Além da qualidade superior do produto, Mazuim ressalta que as empresas beneficiadoras estão otimistas com as perspectivas de exportação. “A excelente qualidade das nozes de Cachoeira do Sul nesta safra deve abrir portas para o mercado externo, o que representa um importante avanço para o setor”, destaca Mazuim.
Assim como em Cachoeira do Sul, produção gaúcha é promissora 45534i
O Rio Grande do Sul é o principal estado produtor de noz-pecã no Brasil, concentrando mais de 70% da área cultivada no país. Segundo dados da Emater/RS-Ascar, o Estado conta com cerca de 6 mil hectares plantados, com destaque para municípios como Anta Gorda, Cachoeira do Sul, Arvorezinha, Lagoa Vermelha e São Jorge. A produção estadual gira em torno de 4 mil toneladas por ano, dependendo das condições climáticas e do manejo adotado.
Com um cenário de alta qualidade e potencial para exportação, a noz-pecã segue ganhando espaço na agricultura gaúcha, e Cachoeira do Sul, com sua liderança em área cultivada, mantém-se na vanguarda dessa cadeia produtiva.
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