Casos de dengue: moradores cobram solução para sanga no Santa Helena 2i354m

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Casos de dengue: moradores cobram solução para sanga no Santa Helena
CACHOEIRA DO SUL
29 de maio de 2025 - Crédito: OC

 

A explosão de casos de dengue em Cachoeira do Sul em 2025 reacendeu antigos debates e preocupações da população, especialmente no Bairro Santa Helena — o mais afetado pela doença neste ano. Conforme a Vigilância Epidemiológica da Secretaria Municipal da Saúde, o Município já contabiliza 715 casos de dengue desde janeiro e três mortes. Dentre os bairros, o Santa Helena aparece no topo da lista, com o maior número de ocorrências confirmadas.

Diante de denúncia de moradores, a reportagem do Portal OCorreio percorreu o bairro e confirmou um possível agravante: uma sanga de grande extensão, que cruza diversas quadras da região e que pode servir de foco para a proliferação do mosquito Aedes aegypti, transmissor da dengue. O curso d’água a por ruas como a Fontoura Xavier — onde foram feitas as fotos que ilustram esta reportagem — e também corta outros bairros da cidade, como o Tibiriçá.

Sanga em destaque no Santa Helena e a EAP Centro Social Urbano / Crédito: OC

Sanga em destaque no Santa Helena e a EAP Centro Social Urbano / Crédito: OC

Sanga antiga; problema velho 4g2j2

Embora não seja novidade para os moradores, o alerta agora se intensifica pela conexão direta com o avanço da dengue. Um dos trechos da sanga está localizado em cerca de 200 metros da Estratégia de Saúde da Família (ESF) Centro Social Urbano, onde profissionais têm feito plantões estendidos para aplicar vacinas contra a dengue e outras doenças. “O que é irônico é isso: a equipe de saúde está fazendo hora extra para vacinar a população contra a dengue, enquanto a poucos metros dali temos um potencial foco do mosquito que ninguém resolve”, afirmou um morador da região, que prefere não se identificar.

 

Local por onde a sanga a em destaque, incluindo os bairros Santa Helena e Tibiriçá / Crédito: OC

Local por onde a sanga a em destaque, incluindo os bairros Santa Helena e Tibiriçá / Crédito: OC

 

Canalização: solução cara, mas permanente g343o

Entre os moradores, cresce o sentimento da urgência para o poder público canalizar o curso d’água. A ideia não é nova, mas agora ganha força diante da gravidade do cenário epidemiológico. “Claro que canalizar a sanga é uma obra cara, mas é uma solução definitiva. A cada verão é a mesma coisa: mosquito, doença, mato, mau cheiro. Está inável”, relatou outro morador da Fontoura Xavier.

Segundo os moradores, além do risco à saúde, a sanga traz prejuízos constantes com alagamentos, proliferação de ratos e entupimentos em bocas-de-lobo — problemas que afetam diretamente a qualidade de vida.

 

Crédito: OC

Crédito: OC

 

Apelo por ação imediata 4a5r48

Cachoeira do Sul vive hoje uma das situações mais críticas do Estado em relação à dengue. Conforme dados da Vigilância em Saúde do RS, proporcionalmente, o Município é o segundo com mais óbitos registrados pela doença, atrás apenas de Porto Alegre. Além dos casos confirmados, outros 15 pacientes são considerados em estado de alerta grave, e há ainda dois casos confirmados de chikungunya.

 

 

A pressão por ações estruturais e duradouras se soma ao esforço emergencial para conter a epidemia. A cobrança, agora, não parte apenas de técnicos e autoridades de saúde, mas da própria comunidade, que aponta: vacinar é importante, mas prevenir é essencial — com a sanga sendo um exemplo sobre a necessidade de ações.

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