GUERRA TARIFÁRIA MUNDIAL – por Jeferson Francisco Selbach o4c6t

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GUERRA TARIFÁRIA MUNDIAL – por Jeferson Francisco Selbach
REFLEXÕES SOCIOLÓGICAS
8 de maio de 2025 - EUA x China / Crédito: ARTE

 

Está em curso a primeira guerra mundial do século 21, por enquanto sem tiros, bombas e invasões em territórios alheios.

O conflito não é bélico, mas comercial e monetário, através da imposição de tarifas pelos Estados Unidos aos países do mundo inteiro, principalmente pesado contra a China.

Os chineses não chegaram onde estão por conta da Revolução de Mao Tsé-Tung, que subiu ao poder em 1949 e expurgou qualquer resquício do capitalismo até 1976.

Foi justamente a morte do grande timoneiro que abriu caminho para os investimentos estrangeiros nas Zonas Econômicas Especiais.

O progresso adveio pelo acordo em 1979 entre os governos de Deng Xiaoping e Jimmy Carter, com a retomada dos investimentos norte-americanos.

A partir daí, a China ou a despejar produtos baratos no resto do mundo, possibilitados pelo trabalho com mínimos direitos, baixíssima remuneração e exaustivas horas diárias, sem contar que são os maiores poluidores do planeta, com quase 30% da emissão de CO2.

Os chineses viraram craques em replicar produtos dos outros países sem o devido pagamento pelas marcas, patentes ou direitos de royalties. Cerca de 90% do que produz é imitação apropriada dos outros países.

Centenas de milhares de indústrias transferiram suas plantas para a China como, por exemplo, as gaúchas do calçado de Novo Hamburgo e as confecções da região de Caxias do Sul.

Nos Estados Unidos foi o período de maior desindustrialização da história, gerando uma balança comercial deficitária por décadas, o que levou a China a deter cerca de 1 trilhão de dólares em títulos da dívida pública norte-americana.

A China não vende somente produtos baratos, mas exporta desemprego.

É isso que o presidente Donald Trump está pondo fim, com medidas drásticas de tarifas que praticamente inviabilizam o comércio entre os dois países.

Não se trata apenas de reequilibrar a economia, mas de impedir que a China avance geopoliticamente sobre o mundo inteiro, que se utilize dos recursos subtraídos de uma relação comercial espúria para constituir força militar capaz de dominar o planeta.

A China é uma ditadura do partido comunista, que decide a vida dos cidadãos e quer impor aos outros países essa dependência econômica, cultural e ideológica.

Longe de ser um capricho protecionista, a estratégia é fortalecer a longo prazo a indústria nos Estados Unidos, com fábricas, exportação e geração de verdadeiros empregos, diminuindo a especulação e a dependência externa.

Apesar de a China ter uma população de mais de 1 bilhão de pessoas, não tem mercado consumidor interno que absorva o que produz, o que põe em xeque seu modelo industrial, de fabricar a custo baixo.

O presidente chinês Xi Jinping sabe muito bem que só continua como líder supremo se sua população estiver empregada.

Aqueles que querem o ao mercado norte-americano deverão escolher o lado nesta guerra, se desejam o livre mercado e a democracia ou vão continuar enriquecendo o regime comunista que rouba tecnologia, escraviza seu povo e ameaça os ocidentais.

O Brasil do comunista Lula optou por não construir a ponte com os Estados Unidos.

Ao invés de gritar e espernear como se ainda estivesse em cima do carro de som do sindicato do ABC, deveria dialogar e negociar com firmeza e pragmatismo para se aproximar e não se isolar.

Enquanto o mundo capota, a única certeza é que todos nós seremos afetados por esta nova guerra tarifária mundial.

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