Novo Cabrais sediou dia de campo sobre mandioca, em evento que destacou variedades resistentes a pragas e doenças e técnicas de controle mais seguras aos agricultores familiares, com expectativa de alcançar custos mais baixos.
“Temos cinco hectares de lavoura comercial de mandioca no município, porque a grande parte do volume comercializado aqui vem de fora. Venâncio Aires e Mato Leitão ainda são os maiores fornecedores”, disse a extensionista rural da Emater/RS-Ascar Lenise Mentges. “Porém, se considerarmos a parte da subsistência e alimentação animal, umas 500, de um total de 700 propriedades rurais do Município, têm cultivo de mandioca, que é uma atividade muito importante, é um alimento básico para a subsistência das famílias”, analisou Lenise. Cerca de 15 famílias de Novo Cabrais, que plantam mandioca para o mercado consumidor, alcançam, em média, uma produtividade que varia de 30 a 35 toneladas por hectare.
A Cooperativa Mista Potreirinho de Novo Cabrais (Coopercab), com 62 associados, sediou uma parte do evento, no local onde funciona uma agroindústria, responsável por colocar anualmente no mercado cerca de 120 toneladas de aipim.
O dia de campo sobre mandioca foi promovido pela Emater/RS-Ascar, Secretaria Estadual de Desenvolvimento Rural (SDR), Prefeitura de Novo Cabrais e Coopercab.
MANDIOCA, AIPIM, MACAXEIRA
A mandioca possui substâncias tóxicas chamadas de cianogênicos. Quando o teor dessas substâncias tóxicas é baixo, a mandioca recebe o nome de aipim ou macaxeira e suas raízes são utilizadas para consumo de mesa, sendo comercializadas na forma in natura ou pré-cozida.
Originária da América do Sul, a mandioca (Manihot esculenta Crantz) constitui o segundo alimento energético, depois do arroz, para um bilhão de pessoas. O Brasil participa com 5,7% da produção mundial, sendo o quinto maior produtor.
De fácil adaptação, a mandioca é cultivada em todos os Estados brasileiros. A raiz é plantada, basicamente, por agricultores familiares.