No dia 3 de maio de 2024, Cachoeira do Sul viveu um dos momentos mais desafiadores de sua história. As águas do Rio Jacuí, em uma cheia sem precedentes, atingiram o nível de 28,20 metros, superando em 1,70 metro a marca histórica de 1941.
A principal ligação da cidade, a Ponte do Fandango, construída com base nas cotas da enchente de 1941, ficou submersa. A megaenchente isolou cidade e causou danos estruturais em cerca de cinco quilômetros da BR-153, entre o Bairro Fátima e a Várzea do Castagnino. (CONTINUA ABAIXO DA PUBLICIDADE)
Imagens da época mostraram a força devastadora da natureza, com a ponte completamente submersa e trechos da rodovia transformados numa imensidão de água absurda. A cidade, acostumada a ver o Jacuí como parte de sua paisagem, enfrentou a dura realidade de uma enchente que afetou mais de 3 mil pessoas e causou prejuízos incalculáveis.
Águas do Rio Jacuí chegaram ao tabuleiro da Ponte do Fandango, algo jamais imaginado
Ponte do Fandango, um símbolo de resiliência 593048
Um ano depois, a Ponte do Fandango permanece como um símbolo da resiliência dos cachoeirenses. As obras de recuperação e reforço estrutural estão em andamento, com previsão de conclusão em 2026. As intervenções incluem a elevação da ponte, nova pavimentação, realocação da arela de pedestres e reforço dos viadutos de o, o que deverá aumentar sua capacidade de carga de 24 para 45 toneladas.
A enchente de 2024 foi um marco não apenas para Cachoeira do Sul, mas para todo o Rio Grande do Sul. Considerada a maior catástrofe climática da história do Estado, afetou mais de 60% do território gaúcho, com chuvas que chegaram a 700 mm em algumas regiões. O evento climático deixou mais de 2,4 milhões de pessoas afetadas e causou prejuízos estimados em R$ 4,6 bilhões.
Até mesmo a BR-153 ficou debaixo d’água entre o Bairro Fátima e a Várzea do Castagnino
Apesar das perdas e desafios, a população demonstrou uma força irável. Comunidades se uniram, voluntários trabalharam incansavelmente e a esperança nunca foi abandonada. A Ponte do Fandango, que resistiu à força das águas, tornou-se um símbolo dessa determinação.
Hoje, ao olhar para a ponte e para um Estado inteiro que se reconstrói dos pontos de vista material, estrutural e emocional, é possível lembrar que, mesmo diante das maiores adversidades, a união e a coragem do povo cachoeirense e gaúcho são capazes de superar qualquer desafio. Inclusive uma tragédia climática com a proporção que atingiu o Rio Grande do Sul.
BR-153 ou por trabalho de reconstrução que durou meses
Asfalto da BR-153 foi totalmente arrancado pela força das águas do Rio Jacuí
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DOCUMENTÁRIO “ENCHENTE DE MAIO” – PRODUÇÃO DO PORTAL OCORREIO 555126